Ecos ancestrais. Modos de resistência em Metade Cara, Metade Máscara (2018) de Eliane Potiguara
Resumo
O texto a seguir apresentará algumas impressões de leitura da obra Metade Cara, Metade Máscara (2018), de Eliane Potiguara. Serão feitas algumas considerações sobre a escrita da mulher indígena e o estabelecimento de uma política da partilha (RANCIÈRE, 2018), a imbricação entre palavra e ação, e a relação que essa escrita estabelece com a ancestralidade e com os mais velhos a partir do nível temático da obra intitulado por Eliane como onírico/psicológico: “plano dos sonhos, valorização dos velhos(as), valorização da mulher/mãe e sonhos com as mensagens dos avós”. Serão utilizadas contribuições teóricas de Franz Fanon (2008), a respeito da assimilação colonial, e Gayatri Spivak (2010), a respeito da noção de subalternidade e o papel da mulher intelectual pós-colonial.
Referências
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