Ernesto Sabato entre a glória e o desprezo

Autores

  • Diogo de Hollanda

Resumo

A morte de Ernesto Sabato, em 30 de abril deste ano, a apenas dois meses de seu centenário, motivou uma onda de elogios póstumos que, merecidos ou não, ocultaram mais uma vez do público brasileiro as inúmeras controvérsias que marcaram a vida e a obra do escritor. Com a generosidade típica dos obituários, a maioria dos jornais sugeriu haver um consenso, ou algo próximo disso, quanto ao valor literário de Sabato e seu lugar proeminente na literatura argentina. Mas nem mesmo no auge de sua trajetória o autor esteve perto da unanimidade. Elogiado por grandes nomes da literatura mundial, como Graham Greene, Thomas Mann, Albert Camus e José Saramago, Sabato teve recepção crítica irregular em seu país. Embora O túnel (1948) e Sobre heróis e tumbas (1961) sejam geralmente valorizados, seu terceiro e último romance, Abaddón, o exterminador (1974), foi crivado de qualificações negativas e sua ensaística é considerada mediana por alguns de seus maiores defensores.

Referências

AIRA, Cesar. Diccionario de autores latinoamericanos. Buenos Aires: Emecé/Ada Korn Editora, 2001.

BIOY CASARES, Adolfo. Descanso de caminantes. Buenos Aires: Sudamericana, 2001.

_______. Borges. Buenos Aires: Ediciones Destino, 2004.

CASTRO, Flávio Ribeiro de. “Relato de uma metamorfose”. Entrevista a Alan Pauls. In: O Globo, suplemento “Prosa & Verso”, 04/01/97, p.6.

CORTÁZAR, Julio. Cartas, v.2 (1964-1968). Buenos Aires: Alfaguara, 2000.

DIELEKE, Edgardo. “En Santa María nada pasaba”. Entrevista a Ricardo Piglia. In: Letral, n.2, 2009.

SABATO, Ernesto. Abaddón, el exterminador. Buenos Aires: Seix Barral, 2006.

________. Antes del fin. Buenos Aires: Seix Barral, 2006.

SARAMAGO, José. “Sabato”. In: O caderno (blog do escritor), em 24/06/09.

Downloads

Publicado

2011-08-30

Edição

Seção

Artigos