ADORNO E A NOVA MUÌSICA
Resumo
No ensaio “Porque eÌ difiÌcil a nova muÌsica”, Adorno afirma:
“As dificuldades na apreensão da nova muÌsica são, primeiramente, as da não- compreensão em sentido estrito, condicionada pela careÌ‚ncia de foÌrmulas correntes de comunicação, mas tambeÌm a de uma -- por mais ilusoÌria que seja -- LOÌGICA MUSICAL, ANAÌLOGA AÌ€ LOÌGICA DIRCURSIVA” (grifo nosso). Esse tipo de analogia referida por Adorno nos mostra que o sistema tonal ajustava-se muito bem ao conceito do espiÌrito objetivo da eÌpoca burguesa, aquele mesmo espiÌrito que havia procurado a representação de um procedimento geral pelo qual a imaginação oferece a um conceito a sua imagem, culminando num padrão uÌnico de refereÌ‚ncia segundo o qual o objeto poderia ser “produzido” em conformidade com um conceito. (cf. Kant, Crit. R. Pura, Anal. Dos Princ., cap. 1; Schelling, System des transzendentalen Idealismus, 1800, III, cap. II).
Referências
ADORNO, T. W. Porque eÌ difiÌcil a nova muÌsica, in: “T. W. Adorno, sociologia”, ed. AÌtica, S.P., p. 157.
NIETZSCHE, Le gai savoir, Paris: Gallimard, 1950. __________ , CreÌpuscule des idoles, Paris: Gallimard, 1974.
__________ , La philosophie aÌ€ l'eÌpoque tragique des grecs, Paris: Gallimard, 1975
REBOUL, O. Nietzsche critique de Kant, Paris, PUF, 1974, p. 15
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