Realismos ou Realidades?

Autores

  • José Claudio Dias Guimarães UFRJ

Resumo

Posto em interrogação a questão há muito que já extrapolou apenas o movimento artístico típico na segunda metade do séc. XIX, e que se caracterizou como reação ao subjetivismo do romantismo. Almejava-se então, encontrar uma representação objetiva, fiel e detalhada da realidade posta. Mas “realidade” tornou-se uma palavra tão corrente que levou o antropólogo cultural Marshall Sahlins a dizer tratar-se de um dos lugares mais recorrentes da filosofia e ainda assim o menos visitado. Boutade a parte, seja no senso comum, na pintura, na literatura (pleiteado como missão por Luckás), no cinema, na filosofia ou mesmo no mundo cibernético, tantas acepções e tamanha convocatória à realidade denotam antes, o sintoma de uma ausência, fora uma sede que no deserto nos leva a ver e mesmo a clamar por miragens, algumas apenas fantasmagóricas outras deveras violentas, como as da estética do hiper-realismos cinematográfico que agora também promete investir pesado em imagens 3 D.

Referências

CANDIDO, Antonio. A educação pela noite e outros ensaios. 2. ed. São Paulo: Ática, 1989.

FLUSSER, Vilém. Ensaio sobre a fotografia; para uma filosofia da técnica. Lisboa, Relógio D'Água, 1998.

LISPECTOR, Clarice. A Maçã no Escuro, R.J., Francisco Alves, 1961

_____. Água Viva, R.J., Francisco Alves, 1961.

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Publicado

2017-03-03

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Seção

Artigos