O pêndulo de Rosalina: Repressão e Liberdade em Ópera dos Mortos

Autores

  • Carla Aparecida Alves Bento UFRJ

Resumo

Reprimir e Libertar são forças duais de mesma intensidade que permeiam a vida do ser humano. O objetivo desse trabalho é mostrar como a personagem Rosalina, de Ópera dos Mortos, sofre a influência da repressão familiar (por parte de seu falecido pai, daí a referência aos mortos) e como essa influência desemboca numa libertação ao conhecer José Feliciano, chamado também de Juca Passarinho (por ser caçador desses animais, embora não tenha munição como o narrador mesmo diz). A repressão sexual (que é o que se irá tratar aqui) pode ser considerada como um “conjunto de interdições, permissões e normas que visam a controlar o exercício da sexualidade”, diz Marilena Chauí em Repressão Sexual: essa nossa (des)conhecida; como Rosalina é reprimida pela memória do pai e liberta por correr em suas veias o sangue do avô, originase daí sua comparação com o pêndulo de um relógio que vai de um lado para outro.

Biografia do Autor

Carla Aparecida Alves Bento, UFRJ

Carla Aparecida Alves Bento, Mestranda em Literatura Brasileira (UFRJ).

Referências

ALBERONI, Francesco. O Erotismo. São Paulo: Círculo do Livro, 1989.

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BOSI, Alfredo. História Concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: Cultrix, 1994.

CHAUÍ, Marilena. Repressão Sexual: essa nossa (des)conhecida. São Paulo: Brasiliense, 1987.

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MARCUSE, Herbert. Eros e Civilização. Guanabara Koogan, 8 ed.

MAY, Rollo. Eros e Repressão: amor e vontade. Petrópolis: Vozes, 1978.

Publicado

2017-04-04

Edição

Seção

Artigos