Herdeiros de Sócrates. uma leitura socrática de Nietzsche: a crítica à metafísica e á ciência

Autores

  • Valéria Mac Knight UFRJ

Resumo

A modernidade implica na consci􀳦ncia de que n􀳦o existe uma neutralidade poss􀳦vel no olhar em rela􀳦􀳦o ao passado. Todo olhar 􀳦 interessado e informado pelo presente. O homem moderno experiencia, assim, o luto por saber jamais ser poss􀳦vel ver o por do sol como os gregos viam. A mem􀳦ria n􀳦o reconstitui a experi􀳦ncia, por􀳦m ela possibilita uma experi􀳦ncia em si. A reconstitui􀳦􀳦o do tempo 􀳦 um exerc􀳦cio anacr􀳦nico que rompe com uma id􀳦ia de historicismo linear. Nesse resgate, atribui-se ao passado uma rede de significa􀳦􀳦es e um sabor que n􀳦o havia no acontecimento original. Apesar de toda a complexidade, tal exerc􀳦cio do pensamento torna-se valioso e v􀳦lido na medida em que a constru􀳦􀳦o de uma rede de sentidos exercita novos enfoques que, por sua vez, modificam o olhar lan􀳦ado.

Referências

BENCHIMOL, M􀳦rcio. Apolo e Dion􀳦sio: arte, filosofia e cr􀳦tica da cultura no primeiro Nietzsche. S􀳦o Paulo, Annablume: FAPESP, 2002.

FINK, Eugen. A filosofia de Nietzsche. Lisboa, Editorial Presen􀳦a.

NIETZSCHE, Friedrich. Acerca de Verdade e da Mentira no sentido extramoral. Tradu􀳦􀳦o de Helga Hoock Quadrado. Portugal, Printer Portuguesa 􀳦 Rel􀳦gio D􀳦􀳦gua Editores, Junho de 1997.

___________________ O Nascimento da Trag􀳦dia ou Helenismo e Pessimismo. S􀳦o Paulo, Companhia das Letras, 1996.

___________________ A Filosofia na idade tr􀳦gica dos gregos. Elfos Ed: Lisboa Edi􀳦􀳦es 70, 1995.

___________________ O Anticristo. S􀳦o Paulo, Martin Claret, 2004.

PUCHEU, Alberto. Literatura, para que serve? in A Constru􀳦􀳦o po􀳦tica do real - organizado por Manuel Ant􀳦nio de castro. Rio de Janeiro; 7 Letras, 2004.

Publicado

2017-04-04

Edição

Seção

Artigos