Poéticas de Bandeira e Drummond

Autores

  • Camillo Cavalcanti UFRJ

Resumo

De todos os poetas do cânone, Manuel Bandeira é um dos que mais viveram o conflito entre as
formas tradicionais e modernas. Mas não se trata de uma rejeição anticlássica
de fato, como às vezes se entende, pois o poeta não se libertou das questões do lirismo tradicional — a não ser o formalismo —, norteadoras de seu fazer poético quando de sua estréia na poesia, com A Cinza das Horas (1917). Neste livro, a poesia de Manuel Bandeira celebra um pacto com a antiga poesia metrificada e rimada; e é neste livro que o EUlírico recebe seu primeiro estigma: o aspecto doentio e melancólico. O livro reza uma metapoética ligada às convenções líricas.

Referências

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Publicado

2017-04-04

Edição

Seção

Artigos