Não nos representa. Imanência e transcendência na ontologia política do Ocupa Rio
Resumo
O presente artigo articula uma interpretação da teia de significados que permeia a cosmologia política interna ao Ocupa Rio -- movimento carioca de organização pré-figurativa iniciado na esteira do Occupy e dos Indignados espanhóis. Partindo deste contexto, analisa a proposta inerente ao movimento de uma política para além da tríade de relação comando-obediência, coerção e representatividade. Assim, descreve e caracteriza duas tendências político-ontológicas, uma para a transcendência --imbricada em ideias como representatividade, soberania, verticalidade, votação majoritária e demandas -- e outra voltada para imanência -- se contrapondo através de “democracia real”, autonomia, horizontalidade, consenso e ação direta . Baseia-se em experiências fornecidas por observação participante e materiais produzidos pelo próprio movimento.Downloads
Publicado
2015-07-15
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Artigos
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