Per una filologia euro-mediterranea

Autores

  • Stefano Rapisarda Universidade da Catânia

Palavras-chave:

Filologia românica, Identidade, Culturas em contato

Resumo

Frente ao fenômeno de imensa dimensão que é chamado de “globalização”, e que, enfim, no primeiro quartel do século xxi, pareceria ter adquirido, exceto funestos cataclismas históricos, todos os conotados de irreversibilidade, vão se multiplicando os sinais de crise de muitas daquelas disciplinas que foram se configurando e “profissionalizando” nos sistemas universitários europeus da metade do século xix em diante. A tese desta breve exposição, que constitui a síntese de um iminente livro sobre o tema, é que a crise se manifesta em seu grau máximo nas disciplinas fundadas entorno da ideia de construção do Estado-Nação. Uma delas é, exatamente, a Filologia Românica, que nos sistemas universitários dos vários Estados-Nação europeus, vai se definindo como disciplina científica no momento histórico em que elas enfrentam o problema de reconstruir (ou em certos casos de construir) os monumentos textuais de suas identidades, cujo momento germinal era, para muitos Estados nacionais europeus, identificado na Idade Média. O futuro da Filologia Românica, num mundo complexo e de tradições múltiplas, deverá, muito mais, ser procurado em uma mudança de cenário geocultural, que da Provença e Alsácia se desloque em direção ao Mediterrâneo, o Oriente Médio e, inclusive, o Extremo Oriente, zonas quentes do século xxi. Apenas transformando-se, a Filologia Românica poderá redescobrir a sua vocação original de se confrontar com os temas quentes da política e da identidade.

Referências

BISHOFF, Bernard. The study of foreign languages in the Middle Ages. Speculum, n. 36, p. 209-224, 1961.

_______. Mittelalterliche Studien, Ausgewählte Aufsätze zur Schriftkunde und Literaturgeschichte. Stuttgart: Hiersemann, vol. 2. p. 227-245, 1967.

COLIN, Georges S. Un petit glossaire hispanique arabo-allemand du début du XVIéme siècle. Al-Andalus: Revista de las Escuelas de Estudios Árabes de Madrid y Granada. Vol. 11, n. 2, p. 275-282,1946.

FURMAN, Nelly; GOLDBERG, David & LUSIN, Natalia. Enrollments in language other than English in United States institutions of Higher Education. New York: The Modern Language Association of America, 2009.

HARVEY, Carol J. Medieval materials and methods for teaching French in England. Journal of the Rocky Mountains Medieval and Renaissance Association. N. 5, p. 57-67., 1984.

HUNTINGTON, Samuel P. The clash of civilization and the remaking of world order. New York: Simon and Schuster, 1996.

KNIPP, David. (org.). Art and Form in Norman Sicily: proceedings of an International Conference. Rome, 6-7 December 2002. München: Hirmer, 2005.

LEWIS, Bernard. The Muslim discovery of Europe. Bulletin of the School of Oriental and African Studies. University of London. Studies in Honor of Sir Ralph Turner, Director of the School of Oriental and African Studies. Vol. 20, n. 1/3, p. 409-416, 1937-57 (1957).

______. Translation from Arabic. Proceeding of the American Philosophical Society. Philadelphia. Vol. 124, n. 1, p. 41-47, February 1980.

MANCINI, Girolamo. Vita di Lorenzo Valla. Firenze: Sansoni, 1891.

PETRAEUS, David H. Learning counterinsurgency: observation from soldiering in Iraq. Fort Leavenworth. Military Review. Vol. LXXXVI, n. 1, p. 2-12, January-February 2006.

RAPISARDA, Stefano. Orientalism, Counter-Orientalisms and the History of Philology. Archivio Storico per la Sicilia Orientale. Catania: Società di Storia Patria per la Sicilia Orientale, Anno CVIII, p. 5-19, 2012.

TRONZO William. Regarding Norman Sicily: Art, Identity and Court Culture in the Later Middle Ages. Römisches Jahrbuch der Bibliotehca Hertziana. N. 35, p. 101-114, 2003-2004.

YEHOSHUA, Abraham B. E se gli arabi imparassero a conoscere Israele. E viceversa. Torino, La Stampa, Appunti, Sabato 28 ottobre 2000, p. 24.

Downloads

Publicado

02/14/2020