Replicabilidade do cérebro: plasticidade, chips sinápticos e as expectativas em relação à inteligência artificial

Autores

  • Gabriel Monteiro
  • Paulo Paulino

Resumo

Antes restritas às obras literárias e cinematográficas a respeito de um futurismo utópico (ou distópico), as discussões em torno do desenvolvimento e utilização de máquinas e dispositivos com tecnologia de inteligência artificial estão ganhando cada vez mais espaço e mobilizando profissionais, acadêmicos e legisladores. Indo além da euforia com o acelerado aperfeiçoamento dos autômatos e as suas novas aplicações que, rotineiramente, prometem revolucionar diferentes setores da vida humana, este artigo se propõe a apresentar visões antagônicas sobre as expectativas de que as inteligências artificiais conseguirão replicar as funcionalidades do cérebro, alcançando, com isso, competências até então restritas apenas ao humano. Para isso, este texto se utiliza das ideias de dois autores principais: Catherine Malabou e Álvaro Vieira Pinto, além de outros autores que dão suporte aos argumentos lançados. Na primeira parte, são apresentadas as ideias de plasticidade como elemento central da inteligência e a construção de chips sinápticos como possibilidade de “imitação” do cérebro humano. Já na segunda, são apresentados dois argumentos de Veira Pinto, cujas reflexões buscam resgatar os conhecimentos e finalidades sociais que permitem o progressivo avanço tecnológico, levando à conclusão de que a origem de todo o avanço das máquinas está no pensamento concedente humano.

Biografia do Autor

Gabriel Monteiro

Psicólogo, psicanalista e mestrando no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura (PPGCOM) da Escola de Comunicação da UFRJ.

 

Paulo Paulino

Jornalista e mestrando no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura (PPGCOM) da Escola de Comunicação da UFRJ.

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Publicado

2023-12-21

Edição

Seção

Rede Moitará