Maria Quitéria da Bahia. Pisar e cultuar o chão: territorialidades de uma preta-velha

Autores

  • Carolina Noury

Resumo

A partir do relato de Maria Quitéria da Bahia, preta-velha manifestada no terreiro de umbanda Ègbé de Oxalá, transformo a escuta em escrita para compreender o processo de des/reterritorialização vivenciado pelos povos da diáspora africana que ao serem arrancados de seus territórios perderam o chão e sua relação com ele. A partir do processo de apropriação da nova terra que lhes foi imposta, esses povos fortaleceram suas identidades a partir de práticas e ritos cultivando o chão. Olho para os pontos riscados dessas entidades como possibilidade de superação da colonialidade a partir da perspectiva de prática e saberes de povos que resistiram ao projeto colonial garantindo a permanência da vida. Com isso, essas grafias ancestrais riscadas com pemba branca, uma espécie de giz utilizada em terreiros, podem transformar nosso estar no mundo nos conectando com outras cosmologias.

Biografia do Autor

Carolina Noury

Pesquisadora PNPD/Capes vinculada ao Laboratório de Design e Antropologia (LaDA) da Esdi/UERJ. Mestre e Doutora em Design pelo Programa de Pós-Graduação em Design da Esdi/UERJ.

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Publicado

2023-12-21

Edição

Seção

Núcleo Temático