Vanguardas da arte e processos de desconstrução: uma reflexão crítica sobre as representações da inteligência artificial
Resumo
O presente artigo investiga a correlação entre a crítica da representação, inerente à arte de vanguarda, e as desconstruções sociopolíticas da Inteligência Artificial (IA), a partir de Crawford (2025) e de Cocco e Fortes (2025). Como recurso metodológico, utiliza-se a noção de geração, Mannheim (1967), para contextualizar a emergência de uma “vanguarda geracional” crítica ao modelo hegemônico da IA. A obra “La trahison des images”, do surrealista René Magritte, serve como objeto empírico e, desde Foucault (1983), vendo sendo utilizada como desconstrução crítica da linguagem e da imagem. Assim, se torna aqui um prisma analítico para observamos a opacidade e os vieses dos sistemas algorítmicos. A metodologia empregada é de natureza documental e retórica, conforme Leach (2013), visando persuadir sobre a urgência de uma leitura desconstrucionista conjunta e geracional da IA que revele seus custos ocultos e sua materialidade.