REPRESENTAÇÃO DE PRATICANTES DE MAGIA NA LITERATURA ROMANA E GREGA

Autores

  • Sarah Silva Tolfo Mestranda pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.55702/medievalis.v6i1.44288

Palavras-chave:

Literatura Greco-Romana, Magia, Mulheres

Resumo

Este trabalho pretende apresentar um panorama geral de como foram representadas as mulheres praticantes de magia na literatura grega e romana. A questão de gênero se torna importante na medida em que é possível notar, nas obras literárias, a recorrência da ideia de sua subversão. A mulher que pratica magia, principalmente quando tem como alvo um homem, o emascula. Ela se torna figura viril, incorporando valores tidos como “masculinos”. Em contrapartida, o homem que pratica magia é visto como efeminado. A literatura reflete alguns dos maiores estereótipos associados a mulheres praticantes de magia. Um exemplo é Ericto, personagem da peça Farsalia, do dramaturgo Lucano. Ericto é uma estrangeira, vinda da Tessália, retratada na obra como local de incivilização 
e barbárie, ou seja, o total oposto dos valores romanos. Representadas como mulheres com o poder de controlar cobras, as estrangeiras serão por muitos anos as principais suspeitas de praticar magia. Juntamente com Ericto está Canídia2, personagem de Epodos, de Horácio. Canídia representa outro estereótipo: a mulher cheia de luxúria que sequestra crianças para usar partes de seus corpos em feitiços e poções eróticas. 

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Publicado

2019-01-29

Edição

Seção

Artigos