A PROBLEMÁTICA DOS LIMITES DA RAZÃO E DO RELATIVISMO CULTURAL NOS CÉTICOS PIRRÔNICOS, À LUZ DA TEORIA DO LOGOS SPERMATIKÓS DE JUSTINO DE ROMA, EM APOLOGIA I E II E DIÁLOGOS COM TRIFÃO.
DOI:
https://doi.org/10.55702/medievalis.v11i1.52798Palavras-chave:
ceticismo, verdade, cultura, Montaigne, JustinoResumo
Entre as escolas filosóficas que surgiram ao longo da história da filosofia está o ceticismo, com a sua pergunta mais fundamental acerca da possibilidade de se chegar ao conhecimento da verdade sobre as coisas. Entre os céticos, encontra-se o ceticismo pirrônico, do qual Montaigne se aproximará, e adotará como base de sua reflexão sobre, como ele mesmo coloca, a pretensa superioridade do homem por sua razão sobre os outros animais, com o fim de questionar a postura dos colonizadores europeus frente aos habitantes do novo mundo, em seu Ensaio dos Canibais. Partindo das hipostipóses pirrônicas, e da desconfiança da razão, por haver homens que conhecendo agem de forma contrária, Montaigne questionará a classificação dos habitantes do novo mundo como selvagens, e se perguntará se é possível julgar uma cultura como sendo superior a outra. O presente artigo buscará apresentar uma visão sobre a questão do relativismo cultural a partir de leitura de trechos de Justino de Roma e de sua teoria das sementes do verbo espalhados pelo mundo e pelas diversas culturas.
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