Remo Lupin e a licantropia em Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban
DOI:
https://doi.org/10.55702/medievalis.v13i1.65077Palavras-chave:
Remo Lupin, Lobisomem, Harry Potter e o Prisioneiro de AzkabanResumo
A lenda do lobisomem, originada na Antiguidade Clássica e perpetuada pela tradição oral, possui diversas interpretações literárias e cinematográficas ao longo dos séculos. Este artigo examina a construção do personagem Remo Lupin em "Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban", de J.K. Rowling. Lupin é apresentado não apenas como um lobisomem, mas como um ser humano que lida com o estigma e a marginalização decorrentes de sua condição. Rowling deixa a aparência física de Lupin em sua forma lupina à imaginação do leitor, o que permite uma exploração mais profunda de sua personalidade e dos desafios que enfrenta. O estudo também aborda como a narrativa de Rowling subverte as convenções tradicionais do mito do lobisomem, apresentando Lupin como uma figura trágica e empática, e contribuindo para a evolução da representação dos lobisomens na literatura contemporânea.
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