A REPRESENTAÇÃO E A INTERPRETAÇÃO: A SHEELA-NA-GIG ENTRE O PECADO E A DEVOÇÃO.
DOI:
https://doi.org/10.55702/medievalis.v4i1.44259Keywords:
Representação, Iconografia, Idade MédiaAbstract
Este trabalho pretende problematizar dois momentos em que as Sheela-na-Gig se destacam: primeiramente o seu local e significado em seu ambiente de criação e em segundo lugar a interpretação contemporânea de alguns estudiosos atribuída a este símbolo, precipitadamente associada ao pecado da Luxúria, o que nos faz pensar sobre a recepção do nu feminino. Analisaremos as atribuições das Sheelas-na-Gig em seis obras, que abarcam o período entre 1842 e 2004, para que seja possível ver as modificações explicativas deste símbolo. Por fim iremos apresentar a interpretação atribuída a este símbolo na pesquisa em desenvolvimento no mestrado, que intitula-se "Unindo Espaços: uma análise da iconografia da igreja de St Mary e St David de Kilpeck e a permanência de crenças marginais na Inglaterra do século XII". Deste ponto em diante iremos pensar à partir da Sheela-na-Gig de Kilpeck, (Herefordshire, Inglaterra) que faz parte do conjunto de mísulas da igreja de St Mary e St David, construída em estilo românico inglês no século XII. Pretende-se coloca-la e elucidá-la junto com os elementos que a circundam, ao invés de subjugá-la ao isolamento que faz com que sua presença perca significado.