Uma análise das rainhas ao sul do Humber na Inglaterra Anglo-Saxônica a partir do conceito de queenship (séculos VIII-X)
DOI :
https://doi.org/10.55702/medievalis.v12i2.63072Mots-clés :
queenship, Gênero, MonarquiaRésumé
O objetivo deste artigo consiste em analisar três rainhas inglesas referentes ao período anglo-saxônico: Cynethryth de Mercia, Eadburg de Wessex e Æthelflæd, senhora da Mercia, a partir do poder e autoridade que essas três mulheres desempenharam enquanto rainhas e governantes em dois reinos do sul do rio Humber, Mercia e Wessex. Para tanto, levaremos em conta tanto narrativas do manuscrito C da Crônica Anglo-Saxônica e a De Rebus Gestis Alfredi, assim como diplomas nos quais essas mulheres estão presentes, tanto na emissão quanto na lista de testemunhas. Os estudos sobre rainhas, apesar dos avanços nas duas últimas décadas, ainda são escassos no Brasil, sobretudo quando se tratam de pesquisas que abarcam o período alto medieval. Baseadas nos estudos sobre queenship, compreendemos que a participação de rainhas no período medieval não consistia em algo raro, numa exceção, mas como uma das engrenagens para o funcionamento da monarquia.
Références
BANTON, Virginia and Scheck, Helene. “Women”. In: Stodinick, Jaqueline and Trilling, Renée. A Handbook of Anglo-Saxon Studies. Chichester: Blackwell Publishing, 2012. p. 265-280.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo, subversão e identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2023.
DUMVILLE, David N. “Kings, Currency and Alliances: History of Coinage of Southern England”. Woodbridge: The Boydell Press, 1998. p. 1-45.
DUGGAN, Anne (ed.). Queens and Queenship in Medieval Europe : Proceedings of a Conference Held At King's College London, 1995. Woodbridge: The Boydell Press, 1997.
EARENFIGHT, Theresa. Queenship in Medieval Europe. New York & London:Palgrave Macmillan, 2013.
EARENFIGHT, Theresa. Medieval queenship. In: History Compass, 2016.
ELLIOT, Dylan. “Gender and the Christian Traditions”. In: BENNET, Judith and KARRAS, Ruth (Ed.). The Oxford Handbook of Women and Gender in Medieval Europe. Oxford: Oxford University Press, 2013. p. 22-
ERLER, Mary and KOWALESKI, Maryanne (ed.). Women and Power in the Middle Ages. Athens and London: The University of Georgia Press, 1988.
FARMER, Sharon A. Gender and Difference In the Middle Ages. Minneapolis: University of Minnesota Press, 2003.
FELL, Christine E. Women in Anglo-Saxon England. Cowley: Basil Blackwell, 1987.
Firth, Matthew. Identifying Queenship in Pre-Conquest England. A. Norrie et al. (eds.), Norman to Early Plantagenet Consorts, Queenship and Power, 2023 p. 17-45.
LEYSER, Henrietta. Medieval women: a social history of women in England (450-1500).New York: St. Martin 's Press, 1995.
MOLINEAUX, George. The Formation of the English Kingdom in the Tenth Century. Oxford: Oxford University Press, 2015.
PASTERNACK, Carol Braun. “Negotiating Gender in Anglo-Saxon England”. In: FARMER, Sharon, PASTERNACK, Carol Braun. Gender and Difference in the Middle Ages. University of Minnesota Press. p. 107-142.
PERROT, Michelle. "Escrever uma história das mulheres: relato de uma experiência". In: cadernos pagu (4) 1995: pp. 9-28.
________________ Minha história das mulheres. São Paulo: Contexto, 2019.
SCHAUS, Margaret. Women and Gender in Medieval Europe. New York & London: Routledge, 2006.
SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil para os estudos históricos. Educação e Realidade, v. 16, n. 2, 1990. p. 5-22,
SMITH, Julie Ann. Queen-making and queenship in Early Medieval England and Francia. PhD: Department of History of the University of York, 1993.
WILLIAMS, Ann. Kingship and Government in pre-Conquest England (500-1066). London: Macmillan Press LTD., 1999.
WOODACRE, Ellie (ed.). A Companion to Global Queenship. Leeds: Arc Humanities Press,2018.
________________ Queens and Queenship. Leeds: Arc Humanities Press, 2021.
YORKE, Barbara. Kings and Kingdoms of Early Anglo-Saxon England. Taylor&Francis e-Library, 2003
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
© Isabela Albuquerque 2024
Ce travail est disponible sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International .
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.