Auctoritas e autoria na escrita medieval

uma análise sobre a participação de Christine de Pizan na Querelle des Femmes

Auteurs

DOI :

https://doi.org/10.55702/medievalis.v12i2.63155

Mots-clés :

Querelle des femmes, Christine de Pizan, escrita feminina, auctoritas, autoria

Résumé

Este trabalho busca analisar as formas de escrita produzidas por mulheres como Hildegarda de Bingen, Hadewijch de Antuérpia, Marguerite de Porete, Juliana de Norwich e Margery Kempe na Idade Média e como a participação de Christine de Pizan na querelle des femmes foi uma maneira a qual a autora construiu uma autoridade de escrita para si como forma de afirmação de um espaço de produção literária. Debateremos a noção de auctoritas e autoria na escrita de Christine de Pizan e como a sua produção esc

Références

AMOR, Lidia. Trazos femeninos en la historia intelectual francesa de la Edad Media tardía: La literatura didáctica y la legitimación del yo en Le chemin de longue étude de Christine de Pizan. Feminine strokes in French intellectual history of the late Middle Ages. De Medio Aevo, v. 1, n. 1, 2013. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=4317948, acesso em: 13/01/2023.

ANDRADE FILHO, Ruy de Oliveira; ALVES, Luiz Fernando. A Poética do amor em O romance da Rosa. Mirabilia, n.19, v.2, 2014. Disponível em: http://www.raco.cat/index.php/Mirabilia/article/viewFile/286976/375201, acesso em 20/01/2024.

AUTRAND, Françoise. Christine de Pizan. Une femme en politique. Paris: Fayard, 2009.

BADEL, P. Y. Le Roman de la Rose au XIVe siècle, Genebra: Droz, 1980.

BAKER, Denise N. The Showings of Julian of Norwich. (A Norton Critical Edition). New York: W.W. Norton & Company, 2005.

BORNSTEIN, Diana: Ideals for Women in the Works of Christine de Pizan. Speculum. Journal of Medieval Studies, 58/2, p. 437-438, 1983. Disponível em: http://www.journals.uchicago.edu/doi/abs/10.2307/2848265, acesso em 12/02/2024.

BRABANT, Margaret; BRINT, Micheal. “Identity and difference in Christine de Pizan’s Cité des Dames”. In: BRABANT, Margaret. Politics, Gender and Genre: the political thought of Christine de Pizan. Colorado: Westview Press, 1992.

BROWN-GRANT, Rosalind. Christine de Pizan and the moral defence of women. Cambridge: Cambridge University Press, 1999.

CASTRO, Manuel A. de. O acontecer poético: a história literária. Rio de Janeiro: Antares, 1982. SUMMIT, Jennifer. “Women and Authorship”. In: DINSHAW, C.; WALLACE, D. (ed.). The Cambridge Companion to Medieval Women’s Writing. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.

CHARTIER, R. Os Desafios da Escrita. São Paulo: Ed. UNESP, 1999.

CHARTIER, Roger. O que é um Autor? Revisão de uma genealogia. São Carlos: EdUFSCar, 2012.

COL, Gontier apud RIGAUD, Rose. Les idées féministes de Christine de Pisan. Tese apresentada à Faculté des Lettres de l'Université de Neuchâtel, Slatkine Reprints, 1973.

COSTA, Marcos Roberto Nunes. Mulheres intelectuais na Idade Média: Hildegarda de Bigen: entre a medicina, filosofia e a mística. Revista Trans/Form/Ação, Marília, v. 35, p. 187-208, 2012. Edição Especial. Disponível em: http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.ph p/transformacao/article/view/2682/2107, Acesso em 17/01/2024.

CURCINO, Luzmara. Reflexões sobre a 'Autoria' à Luz da História Cultural: Contribuições de Roger Chartier. Revista da ABRALIN, v.15, n.2, jul./dez. 2016. Disponível em: http://revistas.ufpr.br/abralin/article/view/47882/28818, acesso em:18/01/2023.

DE RUGGIERO, Trotula. Sulle malattie delle donne. Trad: Piero Cantalupo. Palermo: La Luna saggia, 1994.

DUBY, George; PERROT, Michelle. História das mulheres. Porto: Edições afrontamentos, 1993.

ESCUDERO, Jesús A. Cristina de Pizán: identidad personal y memoria colectiva. AGORA - Papeles de Filosofía, 2008. Disponível em: https://minerva.usc.es/xmlui/handle/10347/5989, acesso em: 05/02/2024.

ESTEVA DE LLOBET, Lola. Christine de Pizan, Madrid: Editorial del Orto/ Biblioteca de Mujeres, 1999.

FAMIGLIETTI, R.C. Royal Intrigue: Crisis at the Court of Charles VI, 1392–1420. Nova Iorque: AMS Press, 1986.

GREENE, Virginie. Le débat sur le Roman de la Rose comme document d’histoire littéraire et morale. Cahiers de recherches médiévales et humanistes, n. 14, 2007. p. 300.

GURGEL, Veronica. CHARTIER, Roge. O que é um Autor? Revisão de uma genealogia. Porto Alegre, v.19, n.2, jun./set. 2016. p. 16. Disponível em: http://seer.ufrgs.br/index.php/InfEducTeoriaPratica/article/viewFile/46800/39076, acesso em 11/01/2023.

HUOT, S. Romance of the Rose and its Medieval Readers: Interpretation, Reception, Manuscript Transmission, Cambridge: Cambridge University Press, 1993.

KEMPE, Margery. The Book of Margery Kempe. (Trad. De B.A. Windeatt). London: Penguin Books, 1994.

LACAPRA, Dominick. Repensar la historia intelectual y ler textos. In: PALTI, Elías. “Giro linguístico” e história intelectual. Buenos Aires: Universidad Nacional de Quilmes, 1998. p. 237-292.

LAIGLE, Mathilde. Le livre des trois vertus de Christine de Pisan et son milieu historique et littéraire. Paris: Honoré Champion, 1912.

LEITE, Lucimara. Christine de Pizan: uma resistência na aprendizagem moral da resignação. Tese de doutorado do Programa de Pós-Graduação em língua e literatura francesa e Estudos Medievais da Universidade de São Paulo, 2008.

LEJEUNE, Rita apud PERNOUD, Régine. La femme au temps des cathédrales. Paris: Stock, 1980.

LEMARCHAND, Marie J. Introducción. In: PIZÁN, Christine. La ciudad de las damas. Madrid: Siruela, 2001.

MCWEBB, Christine. Le Roman de la Rose de Jean de Meung et le Livre des Trois Vertus de Christine de Pizan: un Palimpseste Catoptrique. Ontario: Faculty of Graduate Studies The University of Western Ontario, 1998.

NICOLETTE, Eduardo; SANTOS, Rodrigo; GUIMARÃES, Vítor. Hadewijch de Amberes: a mística medieval e suas visões sobre o divino. Revista Mais que Amélias. n.4, p. 1-9, 2017. Disponível em: https://pt.scribd.com/document/361101224/cafbb5-7d0085dac2e44a9c94d7da4f21c35d78-pdf, acesso em 05/01/2023.

NOGUEIRA, Maria Simone Marinho. Negação e aniquilação em Marguerite Porete e Mestre Eckhart. Princípios: Revista de Filosofia, Natal, v.22, n.27, jan.-abr. 2015. p. 13. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/principios/article/viewFile/7380/pdf, , acesso em 06/01/2023.

OPITZ, Claudia. O quotidiano da mulher no final da Idade Média (1250-1500). In: DUBY, George; PERROT, Michelle. História das mulheres. Porto: Edições afrontamentos, 1993. p. 331-351.

PINHEIRO, Mirtes. Hildegarda de Bingen: “Luz Iluminada pela Inspiração Divina.” Graphos. v.15, n.1, 2013. p.2. Disponível em: http://periodicos.ufpb.br/index.php/graphos/article/view/16319/9348

PISAN, Christine; GERSON, Jean; MONTREIL, Jean; COL, Gontier; COL, Pierre. Le Débat sur le Roman de la Rose. Ed. Érick Hicks. Paris: Honoré Champion, 1977.

Pizan, Christine. Cent Balades. IX, v. 9-12. In: Pizan, Christine. Oeuvres poétiques. Paris: Didot, 1885-96. Disponível em: http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k9614325n/f13.image, acesso em 23/01/2024.

PIZAN, Christine. Epistre au Dieu d’Amours. v. 379-386. In: PIZAN, Christine. Oeuvres poétiques. Ed. Maurice Roy. Tomes 2 et 3. Paris: Didot, 1885-96. Disponível em: http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k9614325n/f13.image

POLL, Maria Carmen Gomes Martiniano de Oliveira van de. A espiritualidade de Hildegarda von Bingen; profecia e ortodoxia. 2010. 211 f. Tese (Doutorado em História Social) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - USP, São Paulo, 2010.

PORETE, Marguerite. O espelho das almas simples e aniquiladas e que permanecem somente na vontade e no desejo do Amor. Tradução e notas de Silvia Schwartz. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.

SCOTT, Joan W. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade. Porto Alegre, vol. 20, nº 2,jul./dez, p. 71-99, 1995. Disponível em: 188 http://seer.ufrgs.br/index.php/educacaoerealidade/article/view/71721, acesso em: 25/02/2024.

SERRADO, Joana de Fátima Gonçalves Pita do. Amar, experienciar, transformar: Minnen, Varen, Verwandelen: três verbos místicos em Hadewijch de Antuérpia. 2004. Dissertação de Mestrado. Universidade do Porto.

SIMONI, Karine. De dama da Escola de Salermo à figura legendária: Trotula de Ruggiero entre a notoriedade e o esquecimento. Fazendo Gênero 9: diásporas, diversidades, deslocamento. 23 a26 de agosto de 2010. p. 4. Disponível em: http://www.fazendogenero.ufsc.br/9/resources/anais/1278291166_ARQUIVO_DedamadaescoladeSalernoafiguralegendariaTrotuladeRuggieroentreanotoriedadeeoesquecimento.pdf, acesso em: 04/11/2023.

TROCH, Liev. Mística feminina na Idade Média: historiografia feminista e descolonização das paisagens medievais. Revista Graphos, v. 15, n. 1, 2013. p. 7-8. Disponível em: http://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/graphos/ article/viewFile/16324/9352, acesso em 15/01/2023.

VIENNOT, Éliane. La France, les femmes et le pouvoir: L'invention de la loi salique (Ve-XVIe siècle), Volume 1, Paris: Perrin, 2006.

WAGNER, Jill E. Christine de Pizan’s City of Ladies: A Monumental (Re)construction of, by, and for Women of All Time. MFF. n.44. Vol.1, p. 69-80, 2008. Disponível em: https://ir.uiowa.edu/mff/vol44/iss1/6/, acesso em: 03/02/2024.

WILLARD, Charity C. A Portuguese Translation of Christine de Pisan's Livre des trois vertus. PMLA, Vol. 78, No. 5, p. 459-464, 1963. Disponível em : https://www.jstor.org/stable/460723?seq=1#page_scan_tab_contents, acesso em 03/02/2024.

WILLARD, Charity C. Christine de Pizan: her life and works. New York: Persea Books, 1984.

Téléchargements

Publiée

2024-07-28

Numéro

Rubrique

Artigos