As preposições per e por em Auto da barca do inferno: uma análise comparativa dos sentidos de uso
DOI:
https://doi.org/10.55702/medievalis.v10i1.45398Parole chiave:
Linguística Histórica, História da Língua Portuguesa, Português Arcaico, Mudança Linguística, Preposições per e por.Abstract
Para os estudos históricos, a língua portuguesa é derivada de uma lenta e sucessiva evolução do latim (vulgar) que, por sua vez, compõe a família de línguas chamada indo-europeia. Esse processo evolutivo, observável nas línguas vivas, é resgatado por meio da Linguística Histórica, campo da Linguística que se dedica a entender e interpretar as mudanças linguísticas ao longo do tempo. Sabendo que a língua portuguesa tem uma vasta história, este trabalho objetiva comparar os sentidos de uso das preposições per e por, na obra de Gil Vicente intitulada Auto da Barca do Inferno, de 1517, época que, de acordo com alguns autores, compreende o fim do período arcaico da língua portuguesa, que foi marcado pelo advento do primeiro compêndio padronizador do português, a Grammatica da Lingoagem Portuguesa, de Fernão de Oliveira. Tal estudo comparativo se justifica porque se observa a utilização concomitante de ambos os conectivos, sendo que, por vezes, a preposição per é considerada como uma forma antiga da preposição por. Nesse sentido, a partir da pesquisa bibliográfica e da documental, com base em pesquisas de estudiosos da História da Língua Portuguesa, promove-se um resgate histórico com o intuito de compreender os sentidos de uso de ambos os conectivos.Riferimenti bibliografici
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