"O rosto" de Valter Hugo Mãe
DOI:
https://doi.org/10.35520/metamorfoses.2020.v17n1a37196Keywords:
conto, poema-errância, experiência, silêncio, naturezaAbstract
Este artigo tem como objetivo abordar o conceito de experiência presente no conto “O rosto”, de Valter Hugo Mãe, inserido no livro Contos de cães e maus lobos (2017). Num primeiro momento, será abordada a questão formal de duas formas breves de representação – o conto e o poema-errância – mediados pela noção de experiência apresentada por Flannery O´Connor, Charles E. May e Paul Gilbert. Num segundo momento, será analisado “O rosto” considerando a ideia filosófica de experiência, interligando silêncio e natureza. Neste percurso, o conto de Valter Hugo Mãe será posicionado numa equação tripartida fundamentada na experiência, no silêncio e na natureza, a qual privilegia o afeto primordial mais profundo, revelando-se através da viagem que permite olhares outros.
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