Jocasta e Fedra de Leda Miranda Hūhne: imagens míticas e resistência
DOI:
https://doi.org/10.35520/metamorfoses.2020.v17n1a37923Keywords:
conto contemporâneo, Leda Miranda Hühne, imagem mítica, discurso de resistência.Abstract
Estudo dos contos “Jocasta” e “Fedra”, de Leda Miranda Hühne, que integram o livro Maria e as outras, publicado pela Uapê em 2010, a partir de dois recortes: o mitocrítico, segundo Ernst Cassirer (1972), Junito Brandão (2009) e Pierre Brunel (2005), por meio do qual serão exploradas as relações entre a proposição, desde os títulos, de uma recuperação de imagens míticas clássicas de mulheres e o contexto contemporâneo das marcações de espaço e tempo presentes nos dois contos; e o sociocrítico, quando serão abordadas as leituras que os contos fazem das situações de tensão que caracterizam as relações de gênero e a inserção das mulheres nos espaços sociais no âmbito de uma sociedade que, em pleno século XXI, ainda mantém vivas estruturas patriarcais rígidas e violentas. Nesse segundo recorte, o estudo dialogará, especialmente, com Yanetsy Pino Reina (2018), Helena Parente Cunha (2006) e Giorgio Agamben (2009), de modo a evidenciar como Hühne se apropria do repertório mítico clássico para bordar seu próprio discurso de resistência nos contos de Maria e as outras, com especial destaque para os dois contos que configuram o corpus deste artigo.References
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