Para memória futura do neo-realismo
DOI:
https://doi.org/10.35520/metamorfoses.2019.v16n1a27548Palavras-chave:
Neo-Realismo, história literária dos escritores, campo literário e cultural, consciência de classe do escritor, tempo histórico-literário (conceito de).Resumo
Fernando Namora foi pioneiro na narração da história do neo-realismo, de que foi protagonista desde a primeira hora. Desde 1956, o escritor empenhou-se em valorizar a evolução e o lugar daquele movimento literário na literatura portuguesa de novecentos. Por meio da escrita ensaística, Namora responde ao ocaso neo-realista mas também à hostilidade crescente do campo literário português àquele movimento, pondo em causa muitos lugares comuns da crítica e um conceito linear e monológico de tempo histórico em literatura.
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