A Tabacaria revisitada por Valter Hugo Mãe. A polissemia da metafísica em A Máquina de Fazer Espanhóis
Resumo
Este artigo analisa o diálogo entre o romance A Máquina de Fazer Espanhóis de Valter Hugo Mãe (2012) e o poema Tabacaria, escrito por Fernando Pessoa com o heterônimo Álvaro de Campos, um nome proeminente no contexto da revista Orpheu. Este é um caso interessante de intertextualidade que pode ser entendido, de acordo com Tiphaine Samoyault, como uma manifestação de "memória da literatura". Este conceito é definido como uma atitude ressignificação dos textos do passado pelos escritos do presente. Em seu romance, Valter Hugo Mãe revisa o poema de Pessoa através do personagem Esteves (o "sem metafísica") e sua interação com outros internos do asilo "Feliz Idade". O romance propõe um debate sobre a identidade cultural portuguesa e os desastres da história do país no século XX, incluindo a permanência do legado da mentalidade salazarista nos portugueses até a contemporaneidade. Pretende-se debater a polissemia do conceito de metafísica no modo como o livro de Mãe o retoma a partir da sugestão de Tabacaria.
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