A economia política angolana e sua gênese público-privada: uma análise das construtoras brasileiras em Angola.

Autores

  • Gabrieli Gaio Universidade de Lisboa

Palavras-chave:

Angola, Odebrecht, Economia Política Internacional, Políticas do ventre, Corporações transnacionais

Resumo

Este artigo aborda a inserção das construtoras brasileiras em Angola sob o contexto da economia política angolana. O presente trabalho baseia-se na experiência da Odebrecht, conglomerado brasileiro de construção com a presença mais relevante no país africano. A pesquisa busca compreender (a) as dinâmicas interativas entre a esfera pública e a esfera privada que caracterizam a economia política angolana e (b) de que modo tais dinâmicas moldam a inserção de corporações transnacionais no país – em especial a inserção das construtoras brasileiras. A partir de uma estrutura teórica que articula abordagens da Economia Política Internacional (EPI) (UNDERHILL, 2000; 2001; 2003; STRANGE, 1988) e a concepção de políticas do ventre relativamente ao estado pós-colonial africano (BAYART, 2009; 1991), é possível apreender a permeabilidade entre público e privado que caracteriza a gênese da economia política angolana e que permite a manutenção do status quo por parte do partido governante. Tal conjuntura dita as simbióticas relações estado-empresa no país e, por conseguinte, molda o modus operandi das construtoras brasileiras em Angola.

Biografia do Autor

Gabrieli Gaio, Universidade de Lisboa

Docente no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) da Universidade de Lisboa, pesquisadora do Centro de Estudos Africanos (CEAF-ISCSP/ULisboa) e do Observatório Político Sul-Americano (OPSA-IESP/UERJ). Doutoranda em Ciência Política pela Universidade de Lisboa (ULisboa) e bolsista da mesma instituição.

Downloads

Publicado

2017-12-13

Edição

Seção

Artigos e Ensaios