A China no espelho do Leste Asiático – retomando reflexões sobre o Estado Desenvolvimentista
Autores
Rafael Shoenmann de Moura
Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Palavras-chave:
China, Leste Asiático, Desenvolvimentismo, Instituições, Economia Política
Resumo
Este trabalho objetiva analisar a trajetória chinesa de desenvolvimento e seu processo de catching-up, à luz das experiências de três outros vizinhos regionais: Coreia do Sul, Japão e Taiwan. Investiga-se, mediante dados empíricos, se a estratégia de desenvolvimento seguida pelo Partido Comunista da China (PCCh) seguiu marcos semelhantes aos dos outros países referidos de industrialização tardia. Assim, utilizando a classificação conceitual de Estado Desenvolvimentista do Leste Asiático, conforme definido por autores institucionalistas, serão examinados três tópicos fundamentais das economias políticas: o perfil dos investimentos produtivos, o desenho institucional da política industrial e, por fim, a questão do controle de capitais. A hipótese aqui aventada é que, não obstante o legado peculiar derivado da economia planificada maoísta, assim como mediações engendradas pelas especificidades institucionais e estruturais da China, seria ainda possível, realizadas as devidas ponderações, enquadrar o país em tal modelo. O recorte temporal aqui empreendido parte de fins da década de 1970 – período em que têm início as grandes reformas institucionais e de regimes de propriedade empreendidas por Deng Xiaoping – até 2008, quando eclode a crise financeira global.
Biografia do Autor
Rafael Shoenmann de Moura, Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Doutorando em Ciência Política pelo IESP-UERJ; pesquisador integrante do NEIC (Núcleo de Estudos do Empresariado, Instituições e Capitalismo), do INCT-PPED e do LabChina-UFRJ.