O artigo discute diferentes experiências históricas de inflação salarial, fundamentados e na teoria de inflação de custos e conflito distributivo. Analisa-se a creeping inflation observada durante a Golden Age nos países centrais, onde registraram-se taxas de inflação moderadas e persistentes, além de crescimento dos salários reais em linha com a produtividade. Nos países com estrutura sindical centralizada, os reajustes salariais mantiveram tendência moderada mesmo diante de condições muito favoráveis no mercado de trabalho. Os resultados são contrastados com o caso brasileiro de inflação salarial, no qual condições mais adversas limitaram o crescimento dos salários e contribuíram para o encerramento prematuro dessa experiência.
Biografia do Autor
Guilherme Spinato Morlin
Mestre pelo Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE/UFRJ) e Candidato ao PhD pela Universidade de Siena.
Carlos Pinkusfeld Bastos, UFRJ
Professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).