Regulação internacional e governança na medicina regenerativa: trajetórias do Reino Unido e a União Europeia e repercussões para a saúde coletiva global
Autores
Liliana Acero
Palavras-chave:
Medicina regenerativa, Política pública, Saúde coletiva, Governança, Relações internacionais
Resumo
Na medicina regenerativa, as crescentes interseções globais entre os processos científicos, tecnológicos, econômicos, institucionais e éticos ainda se dão de maneira complexa e têm sido escassamente mapeados. O objetivo deste trabalho é explorar as características e a qualidade das mudanças na articulação da governança, a regulação e a inovação na medicina regenerativa em nível histórico e atual, e analisar as formas em que participam os grupos de interesse. Focaliza nas tendências no Reino Unido e no acoplamento regulatório com o arcabouço da União Europeia, duas lideranças na área com grande influência em nível transnacional. Utiliza-se informação de arquivos institucionais relevantes em nível internacional, regional e nacional, matérias jornalísticas e literatura acadêmica relevantes para apresentar um panorama global em relação à direção dos processos chaves, no passado e no presente, para a constituição deste campo inovador de conhecimento e prática médica. Argumenta-se em relação às diferenças entre o uso de um modelo científico de inovação e de um modelo médico para o desenvolvimento das terapias e medicinas celulares e analisa-se como o predomínio de cada modelo pode vir a influir na saúde coletiva global.