A relação conflituosa entre a Argentina e o FMI: capítulos recentes de uma longa história

Autores

  • Marcelo Pereira Fernandes
  • Alexandre Jerônimo Freitas
  • Rubia Cristina Wegner

Palavras-chave:

Argentina, Dívida, FMI

Resumo

A Argentina possui uma relação conflituosa com os mercados financeiros internacionais desde sua independência. O país vivenciou momentos em que oscilou de um polo de atração de investimentos externos para em seguida enfrentar um processo de fuga de capitais. Esta relação ganhou novos contornos no pós-guerra com a criação do FMI e, particularmente, a partir da década de 1980, quando esta instituição se tornou uma espécie de gestor das dívidas de seus membros da periferia, em razão da crise da dívida externa da América Latina. Na segunda metade da década de 1990, a Argentina e o Fundo iniciaram uma parceria estreita que culminou na crise de 2001/2002. Até a vitória de Macri nas eleições em 2015 o país praticamente não tinha mais relações com o Fundo. Com Macri o país inicia nova parceria que mais uma vez não acabou bem. O objetivo deste artigo é analisar a relação do FMI com a Argentina desde a segunda metade da década de 1990. A despeito da retórica de atuação voltada para ‘cooperação monetária global’, a atuação do FMI, especificamente junto à economia argentina, tem sido conflituosa quando o governo não está alinhado com sua visão.

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Publicado

2021-01-18

Edição

Seção

Artigos e Ensaios