Aspectos de ocultamento de rios urbanos: o caso do Rio Joana no município do Rio de Janeiro
Résumé
O processo de negação dos rios na cidade inicia no século XIX, principalmente a partir dos surtos epidêmicos e do processo higienista. Percebe-se então a necessidade de mudança de paradigmas em relação às soluções mais tradicionais para as águas urbanas, que considerem um resgate do ciclo natural da água e a busca por soluções baseadas na natureza. Permitindo a consideração dos potenciais paisagísticos dos rios urbanos, buscando a valorização do rio como parte de um patrimônio paisagístico natural e cultural, com uma valorização das águas urbanas. O artigo visa analisar os aspectos práticos de ocultamento de rios urbanos, tendo como estudo de caso o Rio Joana, localizado no Rio de Janeiro. Utilizando-se de uma visão sistêmica, multifuncional e multiescalar para a compreensão da paisagem por meio da valorização da água como patrimônio cultural, propôs-se a elaboração de um quadro de análise para analisar a forma e ocupação urbana; os conflitos entre ambiente construído e ambiente natural e o caráter cultural/patrimonial. Como resultados, percebe-se o processo de antropização de um rio, seu esquecimento e negação quanto à sua paisagem urbana e sua relação sujeito-rio. A pesquisa também identifica que apesar desses processos, o Rio Joana ainda pertence a paisagem. Palavras-chave: Patrimônio cultural, rios urbanos, ocultamento, rio Joana.Téléchargements
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