A GUERRA DE TROIA NO IMAGINÁRIO ATENIENSE: SUA REPRESENTAÇÃO NOS VASOS ÁTICOS DOS SÉCULOS VI-V a.C.

Autores

  • José Geraldo Costa Grillo O autor é doutor em Arqueologia pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da USP. Atualmente faz Pós-doutorado, com bolsa da Fapesp, no Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp, onde desenvolve pesquisa sobre Guerra e violência na Grécia antiga: um estudo das representações da Iliupérsis nos vasos áticos dos séculos VI-V a.C.

Palavras-chave:

Guerra de Troia, iconografia, vasos áticos, imaginário, atenienses.

Resumo

O autor pergunta, a partir da iconografia da Guerra de Troia, pelo lugar da guerra no imaginário ateniense durante os séculos VI-V a.C. Partindo dos pressupostos de que há uma relação entre imagens e sociedade e de que as imagens são construções do imaginário social, que permitem uma aproximação às representações coletivas, o autor propõe ser a Guerra de Troia um elemento constitutivo do imaginário ateniense e remeter sua iconografi a às representações dos atenienses sobre a atividade guerreira em seu próprio
tempo. As imagens pintadas da Guerra de Troia, antes de serem ilustrações de um evento do passado, são manifestações da imagem que a cidade de Atenas faz de si mesma em relação à guerra. Presente na memória coletiva dos atenienses, a Guerra de Troia é um acontecimento no qual a cidade fundamenta seus valores, sua sociedade e os respectivos papéis de seus cidadãos. Em suma, a guerra, antes de ser uma atividade restrita aos guerreiros, envolve toda a cidade, isto é, os não guerreiros, entre os quais, a mulher e o homem idoso, pais do guerreiro, ocupam um lugar preponderante.

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Publicado

2020-07-24

Como Citar

GRILLO, José Geraldo Costa. A GUERRA DE TROIA NO IMAGINÁRIO ATENIENSE: SUA REPRESENTAÇÃO NOS VASOS ÁTICOS DOS SÉCULOS VI-V a.C. PHOÎNIX, [S. l.], v. 16, n. 1, p. 32–49, 2020. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/phoinix/article/view/36571. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos