QUANDO AS CIDADES ADOECIAM? A PÓLIS NOSOÛSA NA GRÉCIA CLÁSSICA

Autores

  • Agatha Bacelar Professora Adjunta de Grego Antigo do Instituto de Letras (IL-UnB) e do Programa de Pós-graduação em Metafísica da Universidade de Brasília (PPGμ-UnB).

DOI:

https://doi.org/10.26770/phoinix.v29.n1agatha

Palavras-chave:

pólis nosoûsa, sôma, timé, crise política, Grécia clássica.

Resumo

Após propor que a metáfora da pólis nosoûsa assimila a cidade grega antiga não a um corpo (concebido como organismo), mas a uma pessoa, este artigo discute as principais passagens em que ocorre a imagem da cidade adoecida, no intuito de sugerir que ela aponta para um nível extremo de distúrbios políticos, que ameaça a existência da própria comunidade. A metáfora convida, portanto, a pensar o conflito e o consenso como termos opostos – com uma gama de possibilidades indo de um ao outro – em vez de contraditórios. E, uma vez que nas cidades gregas antigas o conflito político frequentemente se associa com a philotimía, ‘busca de honras’, o artigo conclui observando que a metáfora da cidade adoecida segue o mesmo princípio operante nas narrativas de injustiças punidas por doenças enviadas por divindades: a manutenção do equilíbrio social pelo compartilhamento justo das timaí.

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Publicado

2023-05-17

Como Citar

BACELAR, Agatha. QUANDO AS CIDADES ADOECIAM? A PÓLIS NOSOÛSA NA GRÉCIA CLÁSSICA. PHOÎNIX, [S. l.], v. 29, n. 1, p. 59–78, 2023. DOI: 10.26770/phoinix.v29.n1agatha. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/phoinix/article/view/58786. Acesso em: 22 dez. 2024.