UM ENSAIO SOBRE A RECEPÇÃO DE ESPARTA NO MANGÁ HOKUTO NO KEN

Autores

  • Luis Filipe Bantim de Assumpção Universidade de Vassouras/Coordenador Local do Doutorado em História; Professor Adjunto I dos cursos de Pedagogia e Direito, na Universidade de Vassouras, campus Maricá. http://orcid.org/0000-0003-2031-9441

DOI:

https://doi.org/10.26770/phoinix.v30n1a5

Palavras-chave:

Recepção, Histórias em Quadrinhos, Hokuto no Ken

Resumo

Este artigo é um ensaio[1] acerca da recepção da Esparta clássica através do mangá Hokuto no Ken (pt. Punho da Estrela do Norte; in. Fist of the North Star), da autoria de Buronson[2] e Tetsuo Hara. Assim, mobilizamos o referencial teórico de Charles Martindale, dialogando com as percepções de Lorna Hardwick e Anderson Vargas para sustentarmos a hipótese da recepção da cultura espartana, por meio das (re)leituras de Plutarco, e como esta foi utilizada em Hokuto no Ken, na década de 1980. Afinal, como destaca Supawan Supaneedis, os mangás e as animações japonesas desse período ressignificaram a cultura Ocidental para enaltecer os feitos e a população do Japão. Logo, a recepção de Esparta era uma forma de enfatizar que o protagonista de Hokuto no Ken detinha atributos físicos e éticos suficientes para suplantar a brutalidade do “país dos demônios” e o seu empenho por formar guerreiros sanguinários, nos moldes da miragem espartanadifundida por Plutarco.

[1] Em conformidade a Durval Muniz Albuquerque Jr. (2019, p. 16) a escolha de elaborarmos um ensaio reside nas suas possibilidades interpretativas, isto é, partiremos do mangá Hokuto no Ken e de nosso conhecimento acerca de Esparta, para desenvolvermos uma percepção alternativa de como esta narrativa gráfica sequencial criou uma recepção da cultura espartana para atender aos interesses de seus autores. Daí, esclarecemos que a leitura de Hokuto no Ken nos levou a identificar traços das práticas culturais de Esparta que foram utilizadas em textos e mídias diversas no decorrer do tempo, embora o mangá em questão não mencione diretamente os espartanos. 

[2] Este é o apelido de Yoshiyuki Okamura, cujo significado seria a transliteração da pronúncia japonesa de Bronson, por afirmarem que o roteirista era parecido com o ator Charles Bronson, sobretudo, pelo bigode. Como Hokuto no Ken é assinado por Buronson, manteremos esse nome ao nos referirmos a Okamura.

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Biografia do Autor

Luis Filipe Bantim de Assumpção, Universidade de Vassouras/Coordenador Local do Doutorado em História; Professor Adjunto I dos cursos de Pedagogia e Direito, na Universidade de Vassouras, campus Maricá.

Luis Filipe Bantim de Assumpção é Doutor em História Comparada (UFRJ), com estágio de Pós-doutorado em Letras Clássicas (UFRJ). Tem experiência com História Antiga, Literatura Clássica, Recepção da Antiguidade, Teorias e Metodologias da História e Ensino de História. Atualmente, ocupa o cargo de Coordenador Local de Doutorado (PRPPG/UNIVASSOURAS), por meio do PCI entre a Universidade de Vassouras e a UNISINOS-RS, e de Professor Adjunto I dos cursos de Pedagogia e Direito da Universidade de Vassouras, campus Maricá. Assumpção é líder e pesquisador do Grupo de Pesquisa Integrada em História, Patrimônio Cultural e Educação (GHiPE/PRPPG/UNIVASSOURAS/CNPq), também nesta Universidade, atuando na linha de pesquisa Ensino de História e História da Educação.

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Publicado

2024-06-29

Como Citar

ASSUMPÇÃO, Luis Filipe Bantim de. UM ENSAIO SOBRE A RECEPÇÃO DE ESPARTA NO MANGÁ HOKUTO NO KEN. PHOÎNIX, [S. l.], v. 30, n. 1, p. 95–118, 2024. DOI: 10.26770/phoinix.v30n1a5. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/phoinix/article/view/59419. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

DOSSIÊ | Antiguidade: recepção e usos do passado