O SENTIDO DAS PALAVRAS ÍNDIO E LÍNGUA PORTUGUESA EM UM LIVRO DIDÁTICO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Autores

  • Francisco de Assis Benevides Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.61358/policromias.v5i3.36217

Resumo

RESUMO: Neste trabalho, realizamos análises em excertos retirados de um livro didático de língua portuguesa do 9º ano do Ensino Fundamental, Para Viver Juntos, com o objetivo de identificar os sentidos das palavras índio e língua portuguesa neles constituídos. A nossa hipótese inicial de pesquisa é que os textos encontrados no livro didático, constituinte do corpus, poderiam demonstrar tanto lugar social defensor do respeito à diversidade, quanto aqueles reiteradores do preconceito contra o índio, ou seja, memoráveis que remontam registros históricos que constituem sentidos de exclusão social do índio e do posicionamento da língua portuguesa como instrumento de colonização linguística no Brasil. Esta pesquisa está filiada à Semântica do Acontecimento (SA), proposta por Eduardo Guimarães (2002), o qual entende que os sentidos se constituem no acontecimento do dizer. Tendo em vista a concepção de não-transparência da língua, a teoria da SA possibilita observar sentidos e relações entre termos linguísticos de um texto a partir das relações históricas. Deste modo, com base nos conceitos analíticos da Semântica do Acontecimento, durante nosso percurso metodológico de análise consideramos os procedimentos enunciativos de produção de sentido – a reescrituração e a articulação; a construção de um DSD (Domínio Semântico de Determinação) e a temporalidade.


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Publicado

2021-03-02

Edição

Seção

Artigos