As inversões e os invertidos: para que tudo não se acabe na quarta feira de cinzas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.61358/policromias.v5i4.38466

Palavras-chave:

Travestis, Carnaval, Bailes, Fantasias, Rio de Janeiro

Resumo

RESUMO:

Esta pesquisa amplia o debate sobre a história de luta das travestis por aceitação no imperialismo hétero e conquista de espaços na trajetória dos festejos carnavalescos do Rio de Janeiro da década de XX até os dias atuais. Nesse sentido, esse artigo busca mostrar que a história das travestis no meio carnavalesco se entrelaça com a história dos pobres, imigrantes e negros que brincavam nas ruas da cidade carioca, renegados pela elite. Os renegados se utilizaram das características permissiva de inversão das leis vigentes do período, construindo seus mundos justos e perfeitos, para fazer com que tais inversões fossem convencionadas após a quarta feira de cinzas. É nessa ambiência que nasce o travestismo profissional, que com o tempo se organizaram ao ponto de participarem entre si de concursos competitivos e shows. Para tecer estes acontecimentos, contamos com contribuições de literaturas que versam sobre o teor deste ensaio, além de, James Naylor Grenn (2000), os aportes de Bakhtin (1987), Brígida (2010), Dutra (2014), Ferreira (2005), Louro (2001) e Preciado (2011), entre outros foram de suma importância. Dessa forma, essa investigação se justifica tendo em vista que buscamos evidenciar uma temática que ainda se encontra caminhando de forma tímida no universo acadêmico, uma vez que a discussão acerca da mesma é urgente para uma sociedade igualitária.

PALAVRAS-CHAVE:Travestis; Carnaval; Bailes; Fantasias; Rio de Janeiro

Biografia do Autor

Marcus Paulo de Oliveira, Universidade Federal do Rio de Janeiro - EBA-UFJR; Observatório de Carnaval - OBCAR

Mestrando em Design na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (EBA-UFRJ), Pós-Graduado em Docência No Ensino Superior: Práxis Educativas na Universidade La Salle (UNILASALLE-RJ) e pós-graduando em Cenografia na Universidade Veiga de Almeida (UVA-RJ), MBA em História da arte e da Arte Visual na Universidade Cândido Mendes (UCAM-RJ).

Atualmente é carnavalesco nas Escolas de samba Acadêmicos da Rocinha e Unidos de Bangu. É professor de pós-graduação. Pesquisador-orientador do Observatório de Carnaval do Museu Nacional da UFRJ, com vínculo ao Laboratório de Estudos do Discurso, Imagem e Som – LÁBEIS.

Jardel Augusto Dutra da Silva, Observatório de Carnaval - OBCAR

Doutorando em Educação - PPGE/UFRJ.

Mestre em Educação, Cultura e Comunicação/UERJ.

Bacharel em Dança/UFRJ e Licenciado em Geografia/UERJ.

Aluno do curso de Especialização Saberes e Práticas na Educação Básica - Ênfase em Ensino Contemporâneo de Arte - CAP/UFRJ.

Coordenador da Pós-Graduação Lato Sensu Gestão e Design em Carnaval da Faculdade Censupeg.

Professor da Pós-Graduação Lato Sensu em Dança Educacional e Teatro da Faculdade Censupeg.

Professor de Dança-Educação na escola Fórum Cultural e Maia Vinagre.

Coreógrafo de Comissão de Frente do Carnaval Carioca.

Produtor de Vídeodanças.

Referências

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Brasil registra uma morte por homofobia a cada 23 horas, aponta entidade LGBT. fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2019/05/17/brasil-registra-uma-morte-por-homofobia-a-cada-23-horas-aponta-entidade-lgbt.ghtml

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Publicado

2021-01-22