SAMBA, CULTURA E CORPO ESTRANGEIRO: APROXIMAÇÕES DE UM COLOMBIANO NO MORRO DA MANGUEIRA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.61358/policromias.v5i4.38491

Palavras-chave:

Samba, Cultura, Corpo estrangeiro, Morro da Mangueira.

Resumo

A experiência individual pode validar novas perspectivas, tanto no aspecto científico como campo próprio do vivido; particularidades emergem como fontes de aproximação, consulta e compreensão; ir além do acadêmico para a relação com as marcas de certos acontecimentos pode ajudar a entender o que constitui o outro: é com essas premissas, e tendo a história oral como metodologia, que o presente artigo apresenta a experiência de um corpo estrangeiro como protagonista dele mesmo. Por meio do relato do colombiano Georgie Alexánder Echeverri Vásquez, caracterizado por um envolvimento ativo e singular, que reflete ainda mais a força cultural do samba, ressignificamos a presença do estrangeiro através de outros interesses e envolvimentos com a cultura do samba. Isto produz uma nova mobilização dos saberes localizados no Morro da Mangueira através da imaterialidade. Descentralizando a expressividade do samba e ultrapassando as fronteiras formais do território brasileiro, a força dessa cultura segue por diversas vias de interação e reconhecimento, como em toda a consciência histórica, cultural e social expressadas por Georgie em sua aproximação com o Morro da Mangueira e com o Museu do Samba.

Biografia do Autor

Wallace Araujo de Oliveira, Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

Mestre e Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPGPS-UERJ); Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES); Turismólogo pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ); Docente da Pós-Graduação Lato Sensu em Educação Patrimonial no Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (IPN); Membro do Observatório de Carnaval (OBCAR-UFRJ). 

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Publicado

2021-01-22