VOZ, CORPO SIMBÓLICO, EFEITO DO REAL DA LÍNGUA
DOI:
https://doi.org/10.61358/policromias.v6i2.43101Palavras-chave:
Voz. Linguagem. Silêncio. Discurso.Resumo
A voz exerce grande significação na prática clínica da psicanálise, ocupando um lugar de expressivo relevo na constituição do sujeito - este por sua vez é clivado pela condição do inconsciente, constituindo-se não senhor do seu dizer. Nas palavras de Maliska esse fato determina a não unicidade do sujeito, o hiato entre o que ele diz o que ele pensa, ou almeja dizer, e nessa esfera imaginária totalitária, há o equívoco, dimensão da linguagem. Indagamos: Qual a relação entre a voz na psicanálise e a “voz” social balizada pelas relações de poder que permeiam a linguagem? Como pensar, à priori, a voz no liame da análise de discurso e a voz, corpo simbólico na relação com o silêncio significador que instaura os sentidos. Discursivamente, poderíamos compreender o efeito da voz na ótica do que Pêcheux (1997) aponta como o real da língua, uma vez ela se inscreve na categoria de letra, decorrente disso, concebe-se a voz como um corpo simbólico, efeito do real da língua, do equívoco e da incompletude, elementos fundamentais em uma prática discursiva.
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