UMA ANÁLISE DE DISCURSO CRÍTICA DOS MODOS DE OPERAÇÃO DA IDEOLOGIA

“Lá, na terra dessa pessoa, é normal falar assim”

Autores

DOI:

https://doi.org/10.61358/policromias.2024.v9n3.63747

Resumo

Este estudo tem como objetivo geral investigar os discursos intolerantes realizados contra a participante paraibana, Juliette Freire, no reality show Big Brother da versão brasileira, durante a sua 21ª edição. Esses discursos negativos partiram da participante Karol Conká, levando-nos a refletir sobre a forma de ação e as ideologias construídas. Assim, buscamos descrever como se estabelece a relação entre o discurso de ódio e o preconceito linguístico. Como fundamentação teórica, seguimos o campo da Análise de Discurso Crítico, para o debate sobre aspectos simbólicos que orientam as práticas sociais, particularmente com os estudos sobre o preconceito linguístico (Bagno, 2007, 2012) e o discurso de ódio (Araujo & Freitas, 2022). De acordo com a metodologia, este artigo assume características de uma pesquisa qualitativa e emprega como método os modos de operação da ideologia (Thompson, 2011). O nosso corpus é formado por dois discursos da participante Karol Conká, vinculados ao portal Ecoa Uol e ao site iG Gente, respectivamente, trazendo a percepção dos efeitos desses discursos para a sociedade. Os resultados apontam para discursos repletos de preconceito linguístico e discurso de ódio.

Biografia do Autor

Aluiza Alves de Araújo, Universidade Estadual do Ceará

Possui graduação em Letras (Português/Literatura) pela Universidade Estadual do Ceará (1996), mestrado (2000) e doutorado (2007) em Linguística pela Universidade Federal do Ceará. Professor Associado M da Universidade Estadual do Ceará. Tem pós-doutorado na área de Linguística. Foi Coordenadora do Curso de Letras da Universidade Estadual do Ceará (2009-2011). Integra o corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada da Universidade Estadual do Ceará (Conceito 5). Coordenou o Projeto NORPOFOR (Norma Oral do Português Popular de Fortaleza) e participou, como bolsista do CNPq, da equipe do projeto PORCUFORT (Português Oral Culto de Fortaleza). Atualmente coordena o projeto Descrição do português oral culto de Fortaleza - PORCUFORT (fase II): uma pesquisa em tempo real. Também é coordenadora do Laboratório de Pesquisas Sociolinguísticas do Ceará (LAPESCE). Lidera o Grupo de Estudos e Pesquisas Sociolinguísticas de Fortaleza-Ce (SOCIOFOR). É membro do Conselho Editorial das revistas Entrepalavras, Percursos Linguísticos e Sociodialeto. Além disso, participa dos grupos de pesquisa do ALiB e SOCIOLIN-CE.Tem experiência na área de Linguística, atuando principalmente na área de Sociolinguística e Dialetologia.

Thais Abreu de Oliveira, UECE

Licenciada em Letras: Português-Literaturas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) , Especialista em Ensino de Língua Portuguesa pela Universidade Estadual do Ceará (Uece) e Mestranda em Linguística Aplicada (Uece). Atuou como monitora/professora do Programa de Ensino e Pesquisa em Português para Estrangeiros, vinculado ao Curso de Línguas Aberto à Comunidade (PEPPE/CLAC), na UFRJ, e também no Programa de Estudantes Convênio-Graduação (PEC-G), realizando pesquisas na área de Português Língua Estrangeira (PLE). Atualmente é integrante do Laboratório de Pesquisas Sociolinguísticas do Ceará (LAPESCE) e do Grupo de Estudos Sociolinguísticos de Fortaleza - CE (SOCIOFOR). Tem experiência na área de Letras, atuando principalmente na área do ensino de língua portuguesa e cultura brasileira.

Suyanne Pinheiro Campelo, Universidade Estadual do Ceará

Mestranda em Linguística Aplicada (Universidade Estadual do Ceará), Especialista em Linguística Aplicada: letramento e formação de leitores (Faculdade Sete de Setembro) e Licenciada em Pedagogia (Universidade Federal do Ceará). É professora da Prefeitura Municipal de Fortaleza (Secretaria Municipal de Educação).

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Publicado

2025-02-04

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Seção

Artigos