ASCENSÃO E CRISE DO GOVERNO DILMA ROUSSEFF E O GOLPE DE 2016: PODER ESTRUTURAL, CONTRADIÇÃO E IDEOLOGIA

Autores

  • Pedro Paulo Zahluth Bastos Professor Associado (Livre-Docente) do Instituto de Economia e pesquisador do Centro de Estudos de Conjuntura e Política Econômica (CECON) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

Palavras-chave:

Dilma Rousseff, Lulismo, golpe de 2016, Operação Lava-Jato, nova matriz econômica

Resumo

O artigo procura entender o governo Dilma Rousseff e o Golpe de 2016 levando em consideração o poder estrutural do capital financeiro e as contradições inerentes aos modelos de crescimento econômico e coalizão política observados desde o governo Lula. Argumenta-se que o projeto econômico do governo Rousseff procurava superar algumas destas contradições. O governo, contudo, não foi capaz de realizar nem as reformas institucionais nem as repactuações políticas necessárias para o sucesso de seu projeto, em contexto de desaceleração cíclica e aguçamento da concorrência internacional e dos conflitos sociais no Brasil. A política econômica é avaliada desde a austeridade de 2011 até a de 2015, passando pela chamada Nova Matriz Econômica e seu desmonte gradual em 2013. Analisa-se as origens da unificação da burguesia em torno a um programa neoliberal em 2016, assim como a relação entre a revolta das camadas médias e o ataque político-judicial resultante no Golpe de 2016.

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Publicado

2018-12-04