Política industrial como instituição desenvolvimentista: uma crítica ao “novo desenvolvimentismo” baseada nas experiências de Brasil e Coreia do Sul

Autores

  • Adriano José Pereira Departamento de Ciências Econômicas e do Programa de Pós-Graduação em Economia e Desenvolvimento da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
  • Ricardo Dathein Departamento de Economia e Relações Internacionais e do Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Palavras-chave:

desenvolvimentismo, política industrial, economia brasileira, economia sul-coreana

Resumo

O artigo analisa a política industrial como instituição desenvolvimentista necessária ao desenvolvimento de economias retardatárias, contrastando os casos brasileiro e sul-coreano. Apesar das singularidades das economias analisadas, destaca-se que a industrialização, como estratégia de desenvolvimento, constitui-se um padrão de regularidade enquanto instituição desenvolvimentista fundamental. Argumenta-se que isso não está contemplado nas proposições “novo-desenvolvimentistas”, que reforçam a importância da indústria para o desenvolvimento econômico nacional, mas destacam a política cambial como principal instrumento de política industrial, cuja validade é considerada restrita, ao passo que as instituições desenvolvimentistas, como a política industrial ativa, são elaboradas visando a um desenvolvimento econômico consistente no longo prazo, com mudança estrutural.

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Publicado

2019-02-15