Decompondo o índice de Gini por atividade econômica para o Brasil em 2015 // Decomposing the Gini index by economic activity for Brazil in 2015
Palavras-chave:
desigualdade, índice de Gini, insumo-produto, Contas Nacionais // inequality, Gini index, input-output, National AccountsResumo
Resumo: O artigo apresenta uma estimação do Valor Adicionado Bruto brasileiro para 127 frações dos postos de trabalho em 64 atividades econômicas, tomando por base o ano de 2015. Partiu-se dos microdados da PNAD Contínua, compatibilizando-os com dados de Contas Nacionais por intermédio da World Inequality Database, e atingiu-se a desagregação para 64 atividades econômicas após balanceamento biproporcional via RAS que levou em conta, de um lado, a distribuição do VAB por atividade das Tabelas de Recursos e Usos brasileiras e, de outro, a distribuição por parcelas da população da World Inequality Database. A partir dos resultados obtidos, foi possível analisar a distribuição relativa das frações dos postos de trabalho no valor adicionado de cada uma das atividades, fazer um ranqueamento das atividades econômicas por grau de progressividade, simular a trajetória da desigualdade entre 2012 e 2019 supondo constantes as razões de concentração e alterando as participações de cada atividade no valor adicionado, e calcular, separadamente, para cada um dos componentes da demanda final e para cada atividade econômica, o índice de Gini que prevaleceria caso a demanda final fosse formada exclusivamente por cada um dos componentes da demanda ou cada uma das atividades econômicas.
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Abstract: The paper presents an estimation of the Brazilian Gross Value Added for 127 employment shares and 64 economic activities for the year of 2015. Household microdata was reconciled with National Accounts by means of the World Inequality Database and a 64-economic-activity disaggregation was made possible by applying a RAS biproportional balancing procedure, which has considered, on the one hand, Brazilian use and make tables for the value added percentages by activity, and, on the other hand, the distribution of population shares in the World Inequality Database. From the results, it was possible to analyse the relative distribution of the employment shares in the value added for each and every economic activity, to construct a ranking of economic activities by degree of progressivity, to simulate the inequality path between 2012 and 2019 assuming given concentration ratios and changing value added percentages, and to calculate the Gini index which would prevail if each final demand component or each economic activity constitute the whole of final demand.
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