A retomada do debate sobre política industrial: limitações e uma sugestão de tipologia normativa a partir do diálogo entre as correntes neoschumpeteriana e desenvolvimentista

Autores

Resumo

O objetivo deste artigo é a proposição de uma tipologia de política industrial a partir do diálogo entre as correntes neoschumpeteriana e desenvolvimentista que incorpore em suas diretrizes normativas as transformações no paradigma tecnoprodutivo nas últimas décadas e seus conseguintes impactos na dinâmica concorrencial, inovativa e de acumulação das atividades industriais. O artigo se propõe a realizar um esforço de natureza teórica com implicações normativas a partir da análise da literatura sobre as transformações da natureza de dois objetos: as transformações no paradigma tecnoprodutivo desde os anos 2000 até os esforços rumo ao fomento ao que se convencionou denominar de Indústria 4.0. Como resultado procura-se justificar teoricamente o desenho de políticas industriais que transitem de orientações normativas demasiadamente generalistas em direção a orientações fundamentadas na compreensão simultânea de especificidades das atividades incentivadas a partir dos (i) níveis de capacitações — tecnológicas, produtivas e organizacionais — dos agentes locais, (ii) da análise do potencial grau de efetividade das políticas industriais e (iii) do grau de transversalidade das atividades fomentadas.

Biografia do Autor

Antonio Carlos Diegues

Associate Professor at the Institute of Economics, State University of Campinas. Campinas, SP, Brazil.

José Eduardo Roselino

Associate Professor at the Federal University of São Carlos. Sorocaba, SP, Brazil. 

Marcos José Barbieri Ferreira

Professor at the State University of Campinas. Campinas, SP, Brazil. 

Renato de Castro Garcia

Associate Professor at the Institute of Economics, State University of Campinas. Campinas, SP, Brazil. 

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Publicado

2023-11-24

Edição

Seção

Dossiê em homenagem da David Kupfer