Desigualdade de renda no Brasil (2012-2019): uma abordagem com base na PNAD contínua e nas declarações do IRPF
Palavras-chave:
Desigualdade de renda, Desigualdade de patrimônio, Progressividade tributária, Imposto de rendaResumo
Este artigo foca a desigualdade econômica no Brasil (2012-2019), adotando uma metodologia amplamente utilizada na literatura internacional. Uma de suas contribuições é combinar fontes distintas de dados, a saber: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C) e Declaração de Imposto de Renda de Pessoa Física (DIRPF), por meio de dois métodos distintos: Interpolação de Pareto Generalizada (IPG) e Agregação pela Mínima Diferença (AMD). Os resultados demonstram uma desigualdade econômica estrutural no país, com nível de concentração de renda corrente significativamente superior aos encontrados por estudos que usam pesquisas domiciliares como fontes exclusivas. Evidencia-se, também, que a estrutura tributária brasileira contribui para perpetuar uma expressiva desigualdade patrimonial, consolidando, no topo da distribuição, um segmento da população cuja renda corrente mostra-se inexpressiva para seu potencial de gasto.
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