Ilusão estatística e desindustrialização no Brasil no período 2000-2020: uma abordagem de setores verticalmente integrados
Palavras-chave:
Terceirização, Desindustrialização, Mudança Estrutural, Setores Verticalmente IntegradosResumo
O objetivo deste artigo é analisar o efeito da “ilusão estatística” no processo de desindustrialização da economia brasileira entre 2000 e 2020, ou seja, até que ponto a perda de participação da manufatura está relacionada com a terceirização de serviços que antes eram classificados como produção e emprego industrial. Para responder essa questão, analisa-se como a terceirização afetou a participação dos indicadores de emprego e valor adicionado da indústria por meio da abordagem de setores verticalmente integrados a partir de matrizes de insumo-produto. A contribuição metodológica do artigo se dá por levar em consideração a integração produtiva entre os setores na análise da desindustrialização brasileira, já que a maioria dos estudos sobre o tema não analisou empiricamente a ilusão estatística, concentrando-se em medidas de importância relativa e horizontal do sistema produtivo. A análise também leva em consideração classificações da indústria por nível de intensidade tecnológica e serviços intensivos em conhecimento (KIBS). Os resultados indicam que o processo de desindustrialização da economia brasileira não decorre da ilusão estatística. Tal evidência converge com os achados de estudos empíricos realizados em economias desenvolvidas. No entanto, destaca-se que, no caso brasileiro, a desindustrialização apresenta um caráter mais regressivo, afetando com maior magnitude os segmentos industriais de maior intensidade tecnológica
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Todo el contenido se publica bajo una licencia Creative Commons CC-BY, salvo que se indique lo contrario.