Pensar a linguagem nas insurgências de um mundo silenciado
por uma visada geontológica e biodecentrada da significação
Resumo
Este trabalho parte de uma proposta de imaginar uma visada geontológica da linguagem, no campo da Pragmática, problematizando a ideia de cisão entre linguagem e mundo, sujeito e objeto, a partir do horizonte ontológico da não vida como potencial de significação biodecentrada do humano. Num contexto em que, tanto no ramo da Antropologia quanto no do Direito, destaca-se a necessidade não apenas de uma nova abordagem de enfrentamento dos problemas ambientais, como também da insurgência de concepções ontoepistemológicas sobre a Natureza como sujeito de direito e entes não humanos como confluentes, este ensaio tem como objetivo problematizar essa discussão propondo imaginar uma compreensão da linguagem e da significação na construção de um horizonte agentivo, confluente e compartilhante no qual se inserem entidades humanas e não humanas, viventes e não viventes, como atores que performatizam sua significação. Assim, discutiremos como a significação pode ser encarada a partir de uma visão não humana e não vivente, tomando como base a radicalidade do conceito de performatividade de John L. Austin, assim como as analíticas contracoloniais de Nego Bispo e Ailton Krenak sobre as noções de confluência e compartilhamento.
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).