Pensar a linguagem nas insurgências de um mundo silenciado

por uma visada geontológica e biodecentrada da significação

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Resumo

Este trabalho parte de uma proposta de imaginar uma visada geontológica da linguagem, no campo da Pragmática, problematizando a ideia de cisão entre linguagem e mundo, sujeito e objeto, a partir do horizonte ontológico da não vida como potencial de significação biodecentrada do humano. Num contexto em que, tanto no ramo da Antropologia quanto no do Direito, destaca-se a necessidade não apenas de uma nova abordagem de enfrentamento dos problemas ambientais, como também da insurgência de concepções ontoepistemológicas sobre a Natureza como sujeito de direito e entes não humanos como confluentes, este ensaio tem como objetivo problematizar essa discussão propondo imaginar uma compreensão da linguagem e da significação na construção de um horizonte agentivo, confluente e compartilhante no qual se inserem entidades humanas e não humanas, viventes e não viventes, como atores que performatizam sua significação. Assim, discutiremos como a significação pode ser encarada a partir de uma visão não humana e não vivente, tomando como base a radicalidade do conceito de performatividade de John L. Austin, assim como as analíticas contracoloniais de Nego Bispo e Ailton Krenak sobre as noções de confluência e compartilhamento.

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Publicado

2024-12-30