Lacunas de raça e gênero e diferintes
reflexões sobre outras maneiras de persistir em semioses humanas e mais-que-humanas
Resumo
Este artigo tem como objetivo discutir teórica e criticamente as lacunas de dados de raça e gênero (Oyěwùmí, 2018; Kilomba, 2019; Perez, 2022) que produzem efeitos performativos coloniais de uma discriminação semiótica e corporificada. Os fundamentos se articulam aos estudos da colonialidade, principalmente centrados em correlação e na própria noção de diferinte, conforme tradução da obra Geontologias no Brasil (Povinelli, 2023) e do debate sobre diferença de Joan Scott (2005). Utilizamos exemplos concretos para ilustração e discussão sobre a exclusão de grupos marginalizados, especialmente mulheres e corpos racializados. A partir de então, identificamos as materialidades semióticas e sua utilização para o reforço de estruturas de poder, como o geontopoder, mas também nos atentamos a propostas de reconfiguração através da descolonização de epistemologias que promovem espaços para o diferinte, uma possibilidade outra de persistência às normatividades coloniais de raça e gênero, por meio da percepção de justiça e de agências semióticas em semioses de corpos e outros materiais distribuídos contra o geontopoder.
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