Semiótica depois do Geontopoder

algumas reflexões preliminares

Autores

  • Elizabeth A. Povinelli Columbia University, Nova Iorque (NY), Estados Unidos
  • Gleiton Matheus Bonfante (Tradutor) Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, RJ, Brasil
  • Ana Luiza Krüger Dias (Tradutora) Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia, GO, Brasil

Resumo

Este ensaio é parte de um projeto de livro provisoriamente intitulado Precisamos de uma semiótica depois do Geontopoder? O ensaio começa com uma visão geral das condições atmosféricas de um antigo debate sobre como libertar as teorias da mente, da comunicação e da linguagem de seu enclausuramento humanista. Para tanto, destaco alguns debates científicos e públicos sobre o que constitui evidência de formas de mente e comunicação pré-humanas, de animais não humanos e de plantas. O objetivo dessa breve incursão em debates complicados é evocar as intuições que circulam em torno de argumentos sobre os riscos políticos e éticos de descrever um tipo de existência com essa ou aquela característica de linguagem e mente. O ensaio, então, coloca pressão sobre a forma como essas intuições de sentido sobre comunicação e mente funcionam de maneira escalar – como uma concepção que aposta na mente para tratar a questão da existência se torna uma busca por modelar uma teoria geral da mente pós-humanista. Isso me leva aos pontos em comum entre uma determinada maneira de produzir a mente pós-humanista e as estratégias de proteção ambiental dentro do movimento pelos direitos da natureza. Por que essas abordagens parecem ser, para alguns, a melhor maneira de verificar se as formas pré-humanas, de animais não humanos e de plantas, assim como a não-vida, possuem capacidades semióticas, enquanto apoiam os povos originários e o parentesco indígena com a terra? O ensaio termina resumindo o conteúdo mais amplo e as apostas de Precisamos de uma semiótica depois do geontopoder?

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Publicado

2024-12-30