Emaranhados
Semióticas contra o Geontopoder
Resumo
Este artigo explora o conceito de geontopoder como uma alternativa teórica para compreender as dinâmicas do liberalismo tardio e suas implicações para a infiltração de discursos coloniais e extrativistas. Além de descrever e discutir o conceito de geontopoder, o texto é estruturado a partir da visita de Elizabeth Povinelli à Universidade Federal de Goiás, em 2024, ocasião em que foram debatidas criticamente as decorrências filosófico-econômicas da divisão entre Vida e Não-Vida e as possibilidades de construção de uma semiótica contra o geontopoder. O terceiro objetivo deste artigo é apresentar os textos reunidos neste dossiê, enfatizando a urgência de práticas semióticas insurgentes que desafiem as estruturas epistêmicas e materiais do geontopoder. As discussões sobre linguagens contra-coloniais, epistemologias locais e modos alternativos de existência recebem grande evidência nas análises sobre como discursos coloniais moldam territórios e subjetividades, e quais resistências semióticas se fazem visíveis entre as práticas comunitárias de territórios afetados por despossessão e exploração, reafirmando o potencial crítico da linguagem enquanto ferramenta de resistência e transformação social. O artigo convida, finalmente, à reflexão sobre o papel das práticas acadêmicas na construção de resistências frente ao colonialismo contemporâneo e à valorização de perspectivas decoloniais em linguagens e epistemologias.
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