Construção de Sentido por Coordenadores Universitários na Pandemia

Authors

  • José Lazarino Ferrari Pontifícia Universidade Católica (PUC) - RJ
  • Márcia da Silveira Julião
  • Adrian Couto Costa
  • André Luiz Parreiras

DOI:

https://doi.org/10.21446/scg_ufrj.v0i0.47851

Keywords:

Sensemaking. Pandemia. Significados

Abstract

O presente artigo é fruto de uma pesquisa para compreender o processo de construção de sentido (sensemaking) levado a cabo por coordenadores de cursos de graduação de universidades no Estado do Rio de Janeiro durante o primeiro ano de trabalho no contexto da pandemia da Covid-19. A questão de pesquisa se concentrou em como esses profissionais interpretaram as situações desde o início da quarentena implantada nos campi e como produziram significados a partir do entendimento das situações vivenciadas ao longo das aulas no sistema híbrido de ensino. O método foi qualitativo, com base em entrevistas em profundidade com oito coordenadores de instituições de ensino superior (IES) nas cidades de Petrópolis e Niterói. A análise do conteúdo dessas entrevistas gerou uma categorização baseada nos momentos vivenciados, que tiveram início em um período de incertezas totais, no início da quarentena, passando em seguida pela compreensão dessas incertezas, na medida em que experimentavam um novo modelo de ensino. A terceira fase foi das certezas construídas, na qual dominaram os mecanismos digitais de ensino, passando para o quarto momento em que adquiriram certezas futuras relacionadas com suas experiências. O processo de construção de sentido não pôde se basear em experiências anteriores, porque a pandemia foi um fenômeno radicalmente novo para toda a comunidade acadêmica. Assim, o entendimento das situações foi alcançado por meio de pistas no ambiente externo, de metáforas, reuniões, conversas em grupo e diálogos com a diretoria, professores e alunos.

References

BARDIN, L. Análise de Conteúdo. São Paulo, SP: Edições 70, 2011.

BROWN, A.; COLVILLE, I.; PYE, A. (2014). Making Sense of Sensemaking in Organization Studies. Organization Studies 36(2): p. 265–277, 2014.

COMBE, I. A.; CARRINGTON, D. J. Leaders' sensemaking under crises: Emerging cognitive consensus over time within management teams. The Leadership Quarterly, 26(3), p. 307-322, 2015.

GABRIEL, Y. The unmanaged organization: Stories, fantasies and subjectivity. Organization Studies 16(3): p. 477–501, 1995.

GABRIEL, Y. Narratives and stories in organizations: a longer introduction. Disponível em http://www.yannisgabriel.com/2015/11/narratives-and-stories-in-organizations.html, 2015.

GIOIA, D. A., CORLEY, K. G.; HAMILTON, A. L. Seeking Qualitative Rigor in Inductive Research. Organizational Research Methods. 16(1), p. 15–31, 2013. https://doi.org/10.1177/1094428112452151.

HULST, M.; TSOUKAS, H. (2021) Understanding extended narrative sensemaking: How police officers accomplish story work. Organization, (ahead of print), 2021.

MACLEAN, M.; HARVEY, C.; CHIA. R. Sensemaking, storytelling and the legitimization of elite business careers. Human Relations 65(1): p. 17–40, 2012.

MAITLIS, S.; CHRISTIANSON, M. Sensemaking in Organizations: taking stock and moving forward. The Academy of Management Annals 8(1): p. 57-125, 2014.

MARTINS, L. L. A model of the effects of reputational rankings on organizational change. Organization Science, 16(6), p. 701–720, 2005.

MEYER, A. D. Adapting to environmental jolts. Administrative Science Quarterly, 27(4), p. 515–537, 2012.

RHODES. C.; BROWN. A. Narrative, organizations and research. International Journal of Management Reviews 7 (3): p. 167–188, 2005.

WEICK, K. Enacted sensemaking in crisis situations. Journal of Management Studies, 25(4), p. 305–317, 1998.

Published

2022-07-08

Issue

Section

Ensino e Pesquisa