Primarização e Relações de Trabalho em uma Empresa Mineradora de Minas Gerais
DOI:
https://doi.org/10.21446/scg_ufrj.v6i1.13230Resumo
Para enfrentar os desafios da crescente competitividade, muitas empresas implementaram a terceirização sem análise e planejamento adequados, tendo sido alcançados prejuízos ao invés dos resultados esperados. Isso as levou a adotar o processo inverso: a primarização -- em que as empresas incorporam as atividades terceirizadas, trazendo empregados terceirizados ao seu quadro funcional. O objetivo neste estudo foi analisar as características da primarização em uma empresa de grande porte. A pesquisa, qualitativa, foi feita mediante pesquisa de campo baseada em entrevistas semi-estruturadas associadas à análise documental em uma mineradora de grande porte localizada em Minas Gerais. Os resultados mais significativos do estudo sugerem que a primarização foi adotada pela necessidade de ganhos de competitividade, que sua adoção proporcionou melhoria das condições de trabalho pelo afastamento da precarização e aumento do comprometimento dos empregados, o que propiciou a melhoria da qualidade dos serviços e do atendimento aos clientes. Conclui-se que a primarização foi usada para solucionar problemas ligados à falta de planejamento na implementação da terceirização e na definição das atividades que realmente poderiam ser terceirizadas, com foco na redução de custos e no envolvimento dos empregados no processo produtivo. Em outras palavras, o estudo sugere que as técnicas de gestão se submetem ao apelo dos custos, sendo sua utilização regida menos pelos ganhos sistêmicos do que pela lógica do curto prazo.Downloads
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