Market Timing, Estágio do Ciclo de Vida e Ofertas Públicas de Ações
DOI:
https://doi.org/10.21446/scg_ufrj.v9i2.13324Resumo
A teoria tradeoff sugere que as empresas devem emitir ações para investimentos, quando o seu índice de alavancagem é maior do que a sua taxa alvo, enquanto que a teoria pecking order prevê que, quando as ofertas de capital ocorrerem, o capital será usado para financiar investimentos como última fonte de financiamento, após a sua capacidade de endividamento ter sido esgotada. Em contraste, a teoria market timing prevê argumentos que as empresas irão adotar comportamento oportunista, emitindo ações para tirar proveito dos preços elevados das ações. Embora a teoria market timing tenha uma influência significativa sobre a decisão de realizar uma SEO, a literatura brasileira contém poucas evidências sobre sua importância econômica e os seus efeitos. Assim, a presente pesquisa visa contribuir para o preenchimento dessa lacuna no cenário brasileiro. Especificamente, buscou-se avaliar o poder explicativo da relação de market timing e da teoria de ciclo de vida na emissão de SEO Ìs, que prediz que empresas jovens com alto índice market-to-book (M/B) e geração de fluxos caixa operacional baixos vendem ações para financiar o investimento, enquanto que as empresas maduras, com baixo índice M/B, pagam dividendos e financiam investimentos internamente. A amostra foi composta pelas empresas não-financeiras com ações negociadas na BM&FBovespa. Como resultados principais, pode-se concluir que existe relação entre a realização de oferta pública de distribuição de ações subsequente e índice MB e tamanho das empresas. Por outro lado, não foram observadas evidências que confirmem a relação do estágio do ciclo de vida e do retorno acionário, tanto no ano anterior, quanto no ano subsequente à realização da oferta.Downloads
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